quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

uma ovelha nas nossas mãos


Uma ovelha chegou, com a sua espada vermelha, ao Bairro dos Navegadores. Diz que vem do Alentejo, uma terra que fica para além do rio Tejo, o nosso rio Tejo, aquele que conhecemos melhor, ou conhecemos o seu nome, já o ouvimos no ar. É o rio que passa em Lisboa. E Lisboa fica perto. Fica perto?!

Pois esta ovelha já caminhou muito, e veio até aqui, para nós a transformarmos. Numa outra coisa completamente diferente. A ovelha sabe muito bem o que é isso de ser transformado noutra coisa. Ela já foi transformada. Ela já foi outra coisa que não era ovelha. E também sabe que é quando encontramos pessoas novas que qualquer coisa de muito poderoso acontece em nós. Transforma-mo-nos, mudamos de forma, possivelmente até ficamos maiores. É verdade! A ovelha veio até ao Bairro para nós, todos os que aqui estamos em roda, a transformarmos no que quisermos!
A arte tem este poder. De fazer aparecer coisas novas partindo de coisas que já existem.

Então, com esta linha que veio do Alentejo, damos um à nossa volta, e, do lado de dentro, podemos começar...




Com a ajuda do Efthímios e da Prof.ª Vanessa, um grupo de meninos e meninas do 3ºano, experimentou, através de movimento e dança, ser outras coisas: nuvem, carro, árvore, dragão. Coisas que a ovelha também podería ser... Desenhamos as nossas propostas, disse-mo-las em grupo, tivemos ainda mais ideias, e ficou combinado que a ovelha iria pensar sobre estas possíveis transformações.

Será que a ovelha se vai transformar num pássaro, num quadrado ou num dragão? Será que vai andar pela terra, voar pelo ar e as nuvens ou vai ter poderes fantásticos e atravessar dimensões e ficções num abrir e fechar de olhos?

Amanhã fica decidido.

A a transformação acontece.
E, com ela, um mundo inteiro vai passar a existir.

Um mundo novo para a ovelha na sua nova forma, e para nós também.